segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Mensagem de Natal

Celebramos o Natal de Jesus Cristo. Seu nascimento traz esperança e vida para toda humanidade.
 
Queremos acolher o Menino Deus. Seja luz a iluminar o nosso caminho, para que deixemos de lado toda violência e injustiça e saibamos, mais e melhor, partilhar o que somos e temos, vivendo a solidariedade e a partilha, geradoras de um tempo de mais justiça e paz.
 
Seja este Natal tempo de reconciliação e de concórdia, alimentando as esperanças em nossas famílias e em nossas comunidades.
 
Com os agradecimentos pela sua participação na vida de nossas comunidades expressamos também, a você e aos seus familiares e amigos, nossos votos de um abençoado Natal, grande festa de Deus para o seu povo, doando-nos o presente maior – seu Filho Jesus, para que tenhamos vida e vida em plenitude.
 
Boas Festas!!

Padre Marcelo Moreira Santiago
Padre Danival Milagres Coelho

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Pregação na Novena da Imaculada Conceição

Padre Marcelo Moreira Santiago pregou no último dia da Novena em honra a Imaculada Conceição no Santuário de mesmo nome em Ouro Preto. Segue abaixo a belíssima reflexão:


Foto: Gilsomar Batista


NONO DIA DA NOVENA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Ouro Preto, 07 de dezembro de 2012

- Saúdo, na fé, a todos - irmãos e irmãs: de modo especial nossos irmãos presbíteros, as ordens e irmandades, sobretudo as que hoje têm participação especial.
- Agradeço o convite amigo de nosso pároco – pe. Luiz Carneiro, para poder refletir, com todos, uma palavra de fé, no encerramento solene desta novena.

Irmãos e irmãs,
            Nesse tempo litúrgico que insere a Igreja no mistério da vinda de Cristo, somos exortados, com a celebração do 35º Jubileu da Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição, a renovar a certeza de que Deus está presente em nossa história e que, em seu Filho Jesus Cristo, manifesta ao mundo seu desígnio de benevolência.
            Jesus cumpre, na plenitude dos tempos, a promessa de Deus nosso Pai. Ele vem como luz para dissipar as trevas de nosso coração e trazer vida e salvação. Através de nossa fé, de nossa esperança e de nossa caridade, Deus quer entrar no mundo sempre de novo e quer, sempre de novo, fazer resplandecer a sua luz na nossa noite. Deixemo-nos iluminar, à semelhança de Maria, pela luz que é o próprio Deus.
            De fato, ninguém como Maria soube em tudo fazer a vontade de Deus, fazer-se serva do Senhor, guardar em seu coração a Palavra de Deus e fazer-se servidora à luz desta Palavra. Ela nos ensina, no Magnificat, a cantar as maravilhas de Deus; nas bodas de caná, a fazer tudo o que seu Filho nos ensina. Ela nos ensina ao visitar Isabel, a ir ao encontro dos mais necessitados; ao estar ao lado de Jesus, na crucificação, a confiar em Deus e enfrentar as provações e durezas da vida sem perder a esperança e mantendo-se sempre fiel.
            Queremos na celebração do “Ano da Fé”, abrir o nosso coração à graça de Deus, para viver a vida cristã: na escuta atenta à Palavra de Deus, animando a nossa vida e toda ação pastoral em nossas comunidades; na participação orante e sacramental, em nossas comunidades, vivendo a centralidade da fé em Jesus Cristo, alimentada pela Palavra e pela Eucaristia; no amor fraterno, vivendo à luz do distintivo da fé, a caridade, tanto na vida da comunidade como também com um olhar voltado para os mais afastados. “Nisto reconhecereis que sois os meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como eu vos amei”.
            No encerramento solene de nossa novena, fazemos especial memória de tantos que nos precederam na fé. Leigos(as), religiosas, sacerdotes que viveram e testemunharam a fé, sobretudo em nossa Ouro Preto e particularmente nesta comunidade paroquial de Antônio Dias.
            Eles nos legaram esse bem maior: o patrimônio da fé e de uma autêntica religiosidade, expressas no amor a Deus; na confiança da proteção da Virgem Maria, aqui invocada a Imaculada Conceição e nominada a seguir com tantos títulos; Deles também recebemos, como grande legado, a devoção aos santos; a fidelidade aos ensinamentos da Igreja e a vivência cristã no caminho da busca da santidade de vida, da comunhão fraterna e do compromisso com a missão.
            Deus seja louvado por todos aqueles(as) que confessaram a beleza de seguir Jesus Cristo – caminho, verdade e vida. Esta é a centralidade de nossa fé.
            A devoção à Imaculada Conceição nos leva a seu Filho, nos leva a Jesus de Nazaré. N’Ele nós encontramos a face de Deus que desceu do céu para adentrar-se em nosso mundo e ensinar a todos a “arte” de viver, o caminho da felicidade e da salvação. Ele desceu do céu para nos libertar do pecado e tornar-nos filhos e filhas de Deus, para que tenhamos vida e vida em plenitude.
            Nós, irmãos e irmãs, somos enviados em missão, chamados a continuar a obra salvadora de nosso Deus e Senhor. Somos chamados a ser sal da terra, luz do mundo, a ser fermento na massa. Diz Jesus: brilhe a vossa luz diante dos homens para que vendo as vossas boas obras glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.
            Onde produzir frutos e frutos bons?
            Onde Deus nos colocou: junto aos nossos, em família; em nossas comunidades, não escondendo os dons e talentos, mas colocando-os a serviço; nos ofícios assumidos na sociedade. Onde estivermos, somos chamados a ser sinal luminoso da fé, que nos faz viver o discipulado missionário.
            Não podemos nos omitir diante de um mundo com suas muitas necessidades. O testemunho cristão é, para muitos, a única pregação, o único evangelho que têm contato. Não podemos perder as oportunidades de evangelizar. Temos que ajudar as pessoas a celebrarem, na vida, o encontro permanente com o Cristo.
            Na recordação criativa do testemunho de fé, vivido pelos nossos antepassados, somos exortados a renovar três grandes propósitos em nossa caminhada de fé na vida da Igreja.
            1. Cuidem de suas famílias. Se não nos dedicarmos à família como convém, encontraremos dificuldades ainda maiores na construção de uma humanidade melhor e de uma Igreja atuante, comprometida com a vida na construção do Reino de Deus. Tudo que fazemos para a família ainda é pouco perto do que ela precisa, perto do que ela merece.
·         Família precisa ser o lugar da acolhida e da convivência, o espaço, por excelência, que permite que a vida desabroche em frutos bons. A família precisa ser comunidade de fé e de amor, lugar da vivência dos valores humanos e cristãos.
·         É verdade que, às vezes, enfrentamos muitos problemas em família: dificuldades econômicas, divisões, vícios, doenças... ninguém pode se omitir de fazer o bem. A missão começa em casa, em família. Se a situação está difícil, o caminho não é abandonar o barco, abandonar as pessoas, o caminho é amar e amar mais – agir com mais paciência, ser perseverante apesar dos pesares; fazer o que está a seu alcance e confiar em Deus, quando as decisões não dependem tanto de nós. Sabemos que Deus não desiste de ninguém, nós também não podemos desistir das pessoas. Temos sempre que estender nossas mãos e o nosso coração para as pessoas, sobretudo em família.
            2. Conservem o jeito piedoso e reto de viver a fé. Cultivem a vida de oração, a participação na Igreja, nos sacramentos, a devoção aos santos, a permanente escuta da Palavra de Deus, a alegria cristã por fazer o bem e ajudar as pessoas. Triste é uma pessoa que não tem fé, triste é um cristão que não vive a sua fé, que vive como se Deus não existisse, que não alimenta a sua fé, participando da comunidade, colocando seus dons a serviço da vida e da esperança.Triste é um cristão que se deixe levar pelas coisas do mundo e já não coloca Deus como o centro de sua vida.
            3. Procure viver ativamente a vida de comunidade. Nós somos a Igreja, o povo de Deus. Somos chamados a ser comunidade de comunidades em estado permanente de missão. Comunidade é todo mundo participando, é todo mundo se ajudando, numa corresponsabilidade ministerial que faça da Igreja sacramento do Reino de Deus. É nos deixarmos, a exemplo de Maria, a Imaculada Conceição, nos conduzir pela ação do Espírito Santo. Cada um tem o seu jeito, não se tem como vestir o mesmo uniforme, e Deus não quer isto para a sua Igreja, mas todo mundo é importante e todos, em verdade, têm coisas boas para partilhar, tem também muito por aprender. Todos somos chamados a viver a unidade e a comunhão, testemunhando, em gestos concretos, a fraternidade de irmãos(as),à semelhança das primeiras comunidades cristãs. Os que ainda não faziam parte, diziam dos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam”. A novidade da fé em Cristo fazia a diferença, encantando a todos. Assim deve continuar, a partir de nosso testemunho.
·         Nessa consciência de comunidade, deve ser preocupação constante o compromisso de ir ao encontro dos afastados de tal modo que cresça em nós a consciência de onde estivermos aí também esteja, através de nós, o próprio Cristo. A missão continental começa com essa consciência de que todos nós, pelo batismo, somos todos missionários(as). Como Igreja, comunidade de fé e de amor, somos chamados a viver o evangelho não só entre nós, mas no mundo, com uma presença pública da Igreja que anima, transforma, liberta e salva toda a humanidade.

            Devotos de Maria, sejamos também seus imitadores e que ela nos cubra com seu manto materno aquecendo o nosso coração na fé e sendo refúgio em meio às tempestades da vida. Sua prontidão em dizer “SIM” a Deus, nos ajude a vencer os medos e incertezas destes novos tempos; sua fidelidade à missão que o Pai lhe confiou, desperte em nós a alegria e a coragem de guardar a fé e viver uma vida serviçal, testemunhando, com o que somos e temos o amor a Deus e o amor aos irmãos. 

Ó Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por todos aqueles que a vós não recorrem.


Pe. Marcelo Moreira Santiago

sábado, 1 de dezembro de 2012

Brasão da Basílica Nossa Senhora do Pilar

 
DESCRIÇÃO HERÁLDICA:
 
Escudo esquartelado: o 1º de ouro com um pilar de granito da sua cor, com uma cruz maltesa de vermelho brocante; o 2º de vermelho com um ostensório de ouro; o 3º de vermelho com doze estrelas de prata, postas um, três, quatro, três e um; e o 4º encaixado em faixa de três peças de ouro e de negro. O escudo está assentado sobre uma cartela de ouro, de estilo barroco, sob a qual esta um listel de prata, pregueado e forrado de vermelho, com a legenda “BASÍLICA NOSSA SENHORA DO PILAR”, escrita com letras de negro. Como insígnias estão duas chaves cruzadas, uma em prata e a outra em ouro, postas em sautor, com os palhetões para cima e com suas argolas unidas por uma corda terminada com uma borla em cada ponta, tudo de vermelho; e um ombrelino com haste de ouro, com seu toldo listrado de ouro e vermelho e forrado de ouro, que está encimado pelo orbe rematado por uma cruz latina, tudo de ouro,
 
JUSTIFICAÇÃO HERÁLDICA:
 
1 - As cores ouro e vermelho do esquartelado, além de representar as cores da autoridade papal, representam também, no Brasil, as cores da arte barroca;
2 - No primeiro quartel, o pilar de granito com a cruz maltesa é o tradicional símbolo da Irmandade de Nossa Senhora do Pilar;
3 - No segundo quartel, o ostensório de ouro é o tradicional símbolo que representa a Irmandade do Santíssimo Sacramento;
4 - No terceiro quartel, representa a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, onde as doze estrelas de prata fazem alusão a "Apareceu um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas”  (Ap. 12, 1), lembrando a Nossa Senhora e também recordando os doze anjos de prata que se encontram no altar-mor da Basílica.
5 - No quarto quartel se recorda a cidade de Ouro Preto, onde se encontra a Basílica  de Nossa Senhora do Pilar, cuja divisa do brasão municipal da significado ao simbolismo: "Precioso Ouro Negro", uma característica ao tipo de ouro escuro que lá é encontrado.
6 - A insígnia papal, reservada para timbrar brasões de basílicas, completa o conjunto formado pelas duas chaves, de ouro e prata, e pelo ombrelino, que é uma peça na forma de guarda-sol com emendas vermelha e amarela, também conhecido como “basílica”, homônimo do templo, que é o símbolo próprio da dignidade das Basílicas.