quinta-feira, 21 de março de 2013

Habemus Papam: Francisco



O novo pontífice é o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, que nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina e sem Ordinário do rito próprio.
O Papa jesuíta se formou como técnico químico, mas depois escolheu o caminho do sacerdócio e entrou para o seminário de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, voltou para Buenos Aires e se formou em filosofia na Faculdade de Filosofia do Colégio máximo San José, de São Miguel.
De 1964 a 1965, ensinou literatura e psicologia no Colégio da Imaculada de Santa Fé e, em 1966, ensinou essas mesmas matérias no Colégio do Salvador, em Buenos Aires.
De 1967 a 1970 estudou teologia na Faculdade de Teologia do Colégio máximo San José, de São Miguel, onde se formou.
Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote.
Em 1970-1971, completou a terceira aprovação em Alcalá de Henares (Espanha), e em 22 de abril de 1973 fez a profissão perpétua.
Foi mestre de noviços em Villa Barilari, San Miguel (1972-1973), professor na Faculdade de Teologia, Consultor da Província e Reitor do Colégio máximo. Em 31 de julho de 1973, foi eleito provincial da Argentina, cargo que desempenhou por seis anos.
De 1980 a 1986, foi reitor do Colégio máximo e das Faculdades de Filosofia e Teologia dessa mesma Casa e pároco da Paróquia de São José, na Diocese de San Miguel.
Em março de 1986, viajou para a Alemanha para completar sua tese de doutorado. Foi enviado pelos seus superiores ao Colégio do Salvador e passou para a igreja da Companhia na cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor.
Em 20 de maio de 1992, João Paulo II o nomeou Bispo titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em 27 de junho do mesmo ano, recebeu na catedral de Buenos Aires a ordenação episcopal das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, do Núncio Apostólico Dom Ubaldo Calabresi e do Bispo de Mercedes-Luján, Dom Emilio Ogñénovich.
Em 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires e em 28 de fevereiro de 1998 Arcebispo de Buenos Aires por sucessão à morte do Card. Quarracino.
É autor dos livros: «Meditaciones para religiosos» del 1982, «Reflexiones sobre la vida apostólica» del 1986 e «Reflexiones de esperanza» del 1992.
É Ordinário para os fiéis de rito oriental residentes na Argentina que não podem contar com um Ordinário de seu rito. Grão-Chanceler da Universidade Católica Argentina.
Relator-Geral adjunto da 10ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (outubro de 2001).
De novembro de 2005 a novembro de 2011 foi Presidente da Conferência Episcopal Argentina.
Foi criado Cardeal pelo Beato João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001, titular da Igreja de São Roberto Bellarmino.
É Membro:
das Congregações: para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; para o Clero; para os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica;
do Pontifício Conselho para a Família:
da Pontifícia Comissão para a América Latina.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

“Não abandono a Igreja” : Disse Bento XVI em seu último Angelus!

“Não abandono a Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor”: palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice, neste domingo, 24 de fevereiro.
O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.
A Praça S. Pedro estava lotada este domingo para este evento histórico. Faixas e cartazes em várias línguas demonstraram o carinho dos fiéis. A Praça desde as primeiras horas da manhã aos poucos foi sendo tomada por religiosas, sacerdotes, turistas, mas principalmente por famílias com crianças e muitos jovens.
Ao meio-dia, assim que a cortina da janela de seus aposentos se abriu, Bento XVI foi aclamado pela multidão.
Comentando o Evangelho da Transfiguração do Senhor, o evangelista Lucas ressalta o fato de que Jesus se transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive sobre um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João.
Meditando sobre esta passagem do Evangelho, explicou o Pontífice, podemos tirar um ensinamento muito importante. Antes de tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o trabalho de apostolado e de caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma, aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e de suas contradições.
A existência cristã – disse o Papa, citando sua Mensagem para a Quaresma –, consiste num contínuo subir o monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que dele derivam, a fim de servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus.
“Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário. Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.”
Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português: “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.

Fonte: CNBB

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Solenidade da Cátedra de São Pedro

No dia 22 de fevereiro a liturgia nos convida a celebrar a Festa da Cátedra de Pedro. Mais do que uma simples "cadeira" ou mesmo um "trono", a palavra "cátedra" indica a autoridade para ensinar.

Quando na Bíblia se diz que alguém "sentou e começou a ensinar" significa que seu ensino é repleto de fundamento e autoridade. Foi assim, por exemplo, no conhecido Sermão da Montanha: "Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele" (Mt 5,1). Até na linguagem comum se afirma que um professor eficiente é um "catedrático". A igreja onde fica a cátedra do bispo é chamada de "catedral".

Quando a Igreja Católica celebra esta festa, reconhece que entre os doze apóstolos houve um que ocupou o primeiro lugar e que recebeu a missão de confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22, 31-32). Vemos no Evangelho que Pedro sempre encabeça a lista dos apóstolos. Além disso, ele fala com Jesus em nome dos doze, como está no evangelho escolhido para a Missa deste dia: Mateus 16,13-19.

O mestre convida os discípulos para ir até uma região montanhosa chamada "Cesaréia de Felipe". Ali faz uma pergunta intrigante: "Quem dizem por aí que Eu Sou"? As respostas são as mais variadas. Jesus, então, vai além. Pergunta: "E para vocês, quem Eu Sou?" Certamente houve um silêncio e uma troca silenciosa de olhares. Todos se perguntavam: quem terá coragem de dar uma resposta tão pessoal?! Foi Pedro quem tomou a palavra pronunciou a profissão de fé que fez dele o primeiro Papa do Cristianismo: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!"

Conhecemos o que Jesus disse: "Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Foi isso que deu a Pedro a sua “cátedra”, ou seja, autoridade.

Neste ano vivemos esta festa de uma maneira totalmente diferente e inesperada. No dia 11 de fevereiro o Papa Bento XVI, surpreendeu o mundo anunciando a sua renúncia com as seguintes palavras pronunciadas em latim: "[...] a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a Cátedra de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice".

Muito se especulou sobre o motivo de sua renúncia. A melhor explicação, porém, continua sendo a do próprio Papa: “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado."

Muito mais do que alinhar-se à avalanche de especulações que a imprensa tem feito em torno da renúncia do Papa, o católico praticante que ama a sua Igreja, neste momento está em comunhão de prece com o Santo Padre. É um momento intenso e tenso, mas Bento XVI disse recentemente que pode sentir a prece e o carinho do povo de Deus "quase fisicamente". É o mistério da Igreja que nos unifica no Corpo Místico de Cristo.

No dia 22 de fevereiro de 2006, o próprio Bento XVI fez uma reflexão sobre o significado da "Cátedra de Pedro". Lembrou tratar-se de uma tradição muito antiga, vivida em Roma deste o século IV. Antes disso, disse o Papa, a “cátedra” foi no Cenáculo, em Jerusalém; depois foi na cidade de Antioquia, na hoje Turquia, onde Pedro foi o primeiro bispo; somente depois a “cátedra” foi transferida para Roma que recebeu a missão de congregar todos os povos da terra.

O Papa evocou numerosos testemunhos de santos e doutores da Igreja para explicar o significado espiritual da “cátedra de Pedro”. Um deles, São Jerônimo, escreve assim: “Decidi consultar a cátedra de Pedro, onde se encontra aquela fé que a boca de um Apóstolo exaltou; agora venho pedir um alimento para a minha alma ali, onde outrora recebi a veste de Cristo. Não busco outro primado, a não ser o de Cristo; por isso, ponho-me em comunhão com a tua bem-aventurança, ou seja, com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja” (Cartas I, 15, 1-2). O Papa terminou esta catequese pedindo que todos rezassem pelo seu ministério de sucessor de Pedro: “[...] invocai o Espírito Santo a fim de que sustente sempre com a sua luz e a sua força o meu serviço quotidiano a toda a Igreja. Por isto, bem como pela vossa atenção devota, agradeço-vos de coração.”

Atendamos a este pedido de Bento XVI, particularmente nesta semana intensa que ele e todos nós viveremos. Neste domingo, dia 24 de fevereiro, ele rezará o último "Angelus" de seu pontificado. Na quarta-feira, dia 27, presidirá a última audiência pública para milhares de peregrinos. No dia 28, pela manhã, saudará pessoalmente todos os cadeais presentes em Roma, sem discursar e, às 17h, irá para seu retiro em Castel Gandolfo, onde ficará até que seja eleito o novo Papa. Neste dia, às 20h, Bento XVI não será mais Papa, viverá silenciosa e intensamente o ministério de intercessor.


Pe. Joãozinho, scj
Teólogo, escritor e compositor
Professor na Faculdade Dehoniana
Twitter: @padrejoaozinho

sábado, 19 de janeiro de 2013

“Ele manifestou a sua glória e seus discípulos creram nele” (Jo 2,11)



aprofundando a palavra

Neste tempo comum, celebramos os diversos aspectos do Mistério Pascal de Jesus, contemplando o seu ministério e a sua missão de selar conosco a nova e eterna Aliança. Jesus vem como esposo para celebrar as núpcias com o seu povo.
Na primeira leitura, o Profeta Isaías, após edito de Ciro que autoriza a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém, anuncia a fidelidade do amor de Deus  em linguagem esponsal – “como a noiva é alegria do noivo, assim também tu és a alegria de teu Deus” (Is 62,5) – por isso, mesmo tendo sido a esposa infiel, Deus olha com amor para Jerusalém, dizendo: “não  mais te chamarão Abandonada, e tua terra não mais será chamada Deserta; teu nome será Minha Predileta e tua terra será a Bem-casada, pois o Senhor agradou-se de ti e tua terra será desposada” (Is 62,4).
No Evangelho, Jesus realiza o primeiro sinal, em Caná da Galileia, manifestando a sua glória e os discípulos creram nele. A glória de Jesus está para além do milagre em si, por isso, o evangelista usa o termo sinal, justamente para indicar algo mais do que a transformação miraculosa da água em vinho, ou seja, indica a missão de Jesus, que vem nos oferecer o vinho melhor, a sua vida de amor, por isso, Maria nos pede que façamos tudo o que seu Filho nos disser.
Neste sentido, o episódio de Caná tem valor programático, pois indica que a glória de Jesus se manifestará no amor generoso  na Cruz, onde selará a nova e eterna Aliança com o seu povo, tornando-se assim o esposo de Jerusalém (cf. Jo 3,29).
Por fim, como participantes da nova Aliança, devemos reconhecer a manifestação do Espírito Santo, através dos diversos dons, em vista do bem comum, a fim de que vivamos a unidade na diversidade de ministérios, como sinal visível de comunhão de amor entre nós, pois é Deus que realiza todas as coisas em todos (cf. 2a leitura).
Pe. Danival Milagres Coelho

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Centro Arquidiocesano de Pastoral divulga texto oficial das prioridades pastorais 2013

http://www.arqmariana.com.br/wp-content/uploads/2013/01/fotos_assembleia20122.jpg 
Com aprovação do arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, o Centro Arquidiocesano de Pastoral divulgou nesta quarta-feira, dia 16 de janeiro, em última redação as prioridades pastorais para 2013, votadas em Assembleia realizada nos dias 23 e 24 de novembro. Segundo o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Marcelo Moreira Santiago estas prioridades contemplam, na linha de aplicação do Projeto Arquidiocesano de Evangelização – PAE, as urgências pastorais mais destacadas nas avaliações das regiões pastorais e as atenções pastorais propostas pelo PAE para 2013, além de valorizar os grandes eventos eclesiais deste ano.

Ele ainda destacou a necessidade das instâncias arquidiocesanas e dos grupos eclesiais assumirem com ardor evangelizador em comunhão; missão estas prioridades, com especial empenho dos padres e lideranças das comunidades. “Unindo forças e agindo corresponsavelmente, colocamo-nos sob ação do Espírito santo, desejosos de colher bons frutos na implementação dessas decisões pastorais”, concluiu.


sábado, 5 de janeiro de 2013

Epifania do Senhor




A solenidade da Epifania do Senhor nos ajuda a compreender o mistério do seu Natal, como manifestação da glória de Deus a todos os povos. A verdadeira Estrela, que nasceu em Belém, vem iluminar e guiar a humanidade pelos caminhos do amor e da paz, dando a nossa vida um novo horizonte de sentido.


O Profeta Isaías anuncia a chegada do Messias, pois a glória do Senhor se manifestou (cf. Is 60,1). As nações, representadas por alguns magos do oriente (cf. Mt 2,1), vêm de longe, trazendo ouro, incenso e mirra (cf. Mt 2,11), ao encontro da verdadeira Luz, proclamando a glória do Senhor (cf. Is 60,6).


No entanto, Herodes e todos de Jerusalém ficaram perturbados ao saberem que os magos procuravam o rei que acabara de nascer. Até mesmo os mestres da Lei e os sacerdotes, uma vez consultados sobre o nascimento do Messias esperado, demonstraram conhecedores da Escritura, mas não foram capazes de reconhecer que a promessa já se realizava em Belém com o nascimento de Jesus.


A perturbação de Herodes (o falso rei) é porque se sente ameaçado ao saber do nascimento do Messias, o verdadeiro rei dos judeus, procurado pelos magos. A verdadeira intenção de Herodes era de exterminar o Messias recém-nascido. Tal reação tem caráter profético, pois Jesus experimentará a resistência e a rejeição até a morte justamente nesta cidade, sede do poder político e religioso da Palestina.


Em fim, alegra-nos ouvir o testemunho de Paulo, que como bom judeu, reconhece que Deus lhe revelou este mistério que hoje celebramos: “os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho” (Ef 3,6). Deste modo, a promessa que Deus fez a Abraão – “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 12,3) – se realiza plenamente em Cristo.



Pe. Danival Milagres Coelho

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus


Vivendo as alegrias deste tempo santo do Natal do Senhor, contemplamos hoje Maria como a Santa Mãe de Deus, conforme a definição do Concílio de Éfeso, em 431, a fim de salvaguardar a divindade de Jesus, o Cristo nossa paz!
 
Pelo sim de Maria, tornando-se mãe de Deus, fomos todos, no seu Filho, abençoados. Deste modo, a bênção que Deus concede aos filhos de Israel, através de Aarão, se realiza plenamente em Jesus, pois no seu Filho, Deus Pai voltou para nós o seu rosto e nos deu a paz (cf. Nm 6,26).
 
Alegremo-nos, pois somos herdeiros desta bênção que agora se estende a todos que acolhem Jesus, o Filho que o Pai nos enviou, nascido de uma mulher, pois Nele recebemos a filiação adotiva. Como filhos de Deus, recebemos o Espírito de seu Filho, que em nossos corações clama Abá – ó Pai! (cf. 2a leitura).
 
No início deste novo ano, e dentro da perspectiva do Ano da Fé, a Igreja nos convida a proclamar, a celebrar e a testemunhar a nossa fé, renovando nossos propósitos de vivermos a obediência filial, identificando-nos com Jesus e participando na construção de seu Reino de Justiça e paz.
 
No Evangelho, contemplamos o silêncio orante de Maria diante do mistério que a envolvia e o testemunho dos pastores, que ao contemplarem o rosto de Deus, naquela frágil criança deitada na manjedoura, ficaram maravilhados e voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido.
 
Ao contemplarmos este mistério de amor, no silêncio orante, voltemos para nossa casa, glorificando a Deus, sobretudo com a nossa vida, com o testemunho da nossa fé, que se fundamenta neste mistério. Como herdeiros da bênção de Deus, que em Jesus, compadeceu-se de nós, voltando para nós o seu rosto e dando-nos a Paz (shalom – a plenitude dos bens), sejamos portadores desta bênção, fazendo o bem e promovendo a paz!

Pe. Danival Milagres Coelho

Fonte: www.graficadomvicoso.com.br