sábado, 19 de janeiro de 2013

“Ele manifestou a sua glória e seus discípulos creram nele” (Jo 2,11)



aprofundando a palavra

Neste tempo comum, celebramos os diversos aspectos do Mistério Pascal de Jesus, contemplando o seu ministério e a sua missão de selar conosco a nova e eterna Aliança. Jesus vem como esposo para celebrar as núpcias com o seu povo.
Na primeira leitura, o Profeta Isaías, após edito de Ciro que autoriza a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém, anuncia a fidelidade do amor de Deus  em linguagem esponsal – “como a noiva é alegria do noivo, assim também tu és a alegria de teu Deus” (Is 62,5) – por isso, mesmo tendo sido a esposa infiel, Deus olha com amor para Jerusalém, dizendo: “não  mais te chamarão Abandonada, e tua terra não mais será chamada Deserta; teu nome será Minha Predileta e tua terra será a Bem-casada, pois o Senhor agradou-se de ti e tua terra será desposada” (Is 62,4).
No Evangelho, Jesus realiza o primeiro sinal, em Caná da Galileia, manifestando a sua glória e os discípulos creram nele. A glória de Jesus está para além do milagre em si, por isso, o evangelista usa o termo sinal, justamente para indicar algo mais do que a transformação miraculosa da água em vinho, ou seja, indica a missão de Jesus, que vem nos oferecer o vinho melhor, a sua vida de amor, por isso, Maria nos pede que façamos tudo o que seu Filho nos disser.
Neste sentido, o episódio de Caná tem valor programático, pois indica que a glória de Jesus se manifestará no amor generoso  na Cruz, onde selará a nova e eterna Aliança com o seu povo, tornando-se assim o esposo de Jerusalém (cf. Jo 3,29).
Por fim, como participantes da nova Aliança, devemos reconhecer a manifestação do Espírito Santo, através dos diversos dons, em vista do bem comum, a fim de que vivamos a unidade na diversidade de ministérios, como sinal visível de comunhão de amor entre nós, pois é Deus que realiza todas as coisas em todos (cf. 2a leitura).
Pe. Danival Milagres Coelho

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Centro Arquidiocesano de Pastoral divulga texto oficial das prioridades pastorais 2013

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Com aprovação do arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, o Centro Arquidiocesano de Pastoral divulgou nesta quarta-feira, dia 16 de janeiro, em última redação as prioridades pastorais para 2013, votadas em Assembleia realizada nos dias 23 e 24 de novembro. Segundo o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Marcelo Moreira Santiago estas prioridades contemplam, na linha de aplicação do Projeto Arquidiocesano de Evangelização – PAE, as urgências pastorais mais destacadas nas avaliações das regiões pastorais e as atenções pastorais propostas pelo PAE para 2013, além de valorizar os grandes eventos eclesiais deste ano.

Ele ainda destacou a necessidade das instâncias arquidiocesanas e dos grupos eclesiais assumirem com ardor evangelizador em comunhão; missão estas prioridades, com especial empenho dos padres e lideranças das comunidades. “Unindo forças e agindo corresponsavelmente, colocamo-nos sob ação do Espírito santo, desejosos de colher bons frutos na implementação dessas decisões pastorais”, concluiu.


sábado, 5 de janeiro de 2013

Epifania do Senhor




A solenidade da Epifania do Senhor nos ajuda a compreender o mistério do seu Natal, como manifestação da glória de Deus a todos os povos. A verdadeira Estrela, que nasceu em Belém, vem iluminar e guiar a humanidade pelos caminhos do amor e da paz, dando a nossa vida um novo horizonte de sentido.


O Profeta Isaías anuncia a chegada do Messias, pois a glória do Senhor se manifestou (cf. Is 60,1). As nações, representadas por alguns magos do oriente (cf. Mt 2,1), vêm de longe, trazendo ouro, incenso e mirra (cf. Mt 2,11), ao encontro da verdadeira Luz, proclamando a glória do Senhor (cf. Is 60,6).


No entanto, Herodes e todos de Jerusalém ficaram perturbados ao saberem que os magos procuravam o rei que acabara de nascer. Até mesmo os mestres da Lei e os sacerdotes, uma vez consultados sobre o nascimento do Messias esperado, demonstraram conhecedores da Escritura, mas não foram capazes de reconhecer que a promessa já se realizava em Belém com o nascimento de Jesus.


A perturbação de Herodes (o falso rei) é porque se sente ameaçado ao saber do nascimento do Messias, o verdadeiro rei dos judeus, procurado pelos magos. A verdadeira intenção de Herodes era de exterminar o Messias recém-nascido. Tal reação tem caráter profético, pois Jesus experimentará a resistência e a rejeição até a morte justamente nesta cidade, sede do poder político e religioso da Palestina.


Em fim, alegra-nos ouvir o testemunho de Paulo, que como bom judeu, reconhece que Deus lhe revelou este mistério que hoje celebramos: “os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho” (Ef 3,6). Deste modo, a promessa que Deus fez a Abraão – “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 12,3) – se realiza plenamente em Cristo.



Pe. Danival Milagres Coelho

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus


Vivendo as alegrias deste tempo santo do Natal do Senhor, contemplamos hoje Maria como a Santa Mãe de Deus, conforme a definição do Concílio de Éfeso, em 431, a fim de salvaguardar a divindade de Jesus, o Cristo nossa paz!
 
Pelo sim de Maria, tornando-se mãe de Deus, fomos todos, no seu Filho, abençoados. Deste modo, a bênção que Deus concede aos filhos de Israel, através de Aarão, se realiza plenamente em Jesus, pois no seu Filho, Deus Pai voltou para nós o seu rosto e nos deu a paz (cf. Nm 6,26).
 
Alegremo-nos, pois somos herdeiros desta bênção que agora se estende a todos que acolhem Jesus, o Filho que o Pai nos enviou, nascido de uma mulher, pois Nele recebemos a filiação adotiva. Como filhos de Deus, recebemos o Espírito de seu Filho, que em nossos corações clama Abá – ó Pai! (cf. 2a leitura).
 
No início deste novo ano, e dentro da perspectiva do Ano da Fé, a Igreja nos convida a proclamar, a celebrar e a testemunhar a nossa fé, renovando nossos propósitos de vivermos a obediência filial, identificando-nos com Jesus e participando na construção de seu Reino de Justiça e paz.
 
No Evangelho, contemplamos o silêncio orante de Maria diante do mistério que a envolvia e o testemunho dos pastores, que ao contemplarem o rosto de Deus, naquela frágil criança deitada na manjedoura, ficaram maravilhados e voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido.
 
Ao contemplarmos este mistério de amor, no silêncio orante, voltemos para nossa casa, glorificando a Deus, sobretudo com a nossa vida, com o testemunho da nossa fé, que se fundamenta neste mistério. Como herdeiros da bênção de Deus, que em Jesus, compadeceu-se de nós, voltando para nós o seu rosto e dando-nos a Paz (shalom – a plenitude dos bens), sejamos portadores desta bênção, fazendo o bem e promovendo a paz!

Pe. Danival Milagres Coelho

Fonte: www.graficadomvicoso.com.br